Universidade Federal de Roraima
Centro de Educação – CEDUC
Curso de Pedagogia
Academicos:
Adriana Monteiro Marques
Elaine Carvalho Magalhães
Robert Carvalho de Vasconcelos
Centro de Educação – CEDUC
Curso de Pedagogia
Academicos:
Adriana Monteiro Marques
Elaine Carvalho Magalhães
Robert Carvalho de Vasconcelos
Tecnologia Educacional no Ensino da Educação de Jovens e Adultos – EJA
Introdução
O avanço tecnológico e globalização vêm se acirrando com grande velocidade histórica. A educação e o processo de aprendizagem precisam se adequar a esses novos surgimentos tecnológicos com ajuda dos meios eletrônicos de comunicação e informação os TIC’s de um sistema de ensino capaz de conectar seus alunos como indivíduo e sociedade ao meio em que vive, exigindo cada dia mais do ser humano.
Quando pensamos em tecnologia logo nos vem à cabeça, computadores, internet, celulares etc, mas tecnologia vai bem mais além do que de uma forma preconceituosa que pensamos ou acreditamos que seja, elas sempre estiveram incorporadas ao nosso meio comum em diferentes momentos, podemos citar os talheres na idade média onde as pessoas daquela época comiam com a mão, quando os talheres foram criados era uma novidade, algo novo que nunca havia sido utilizado antes daí o significado dessa palavra:
É um termo usado para atividades de domínio humano, embasada no conhecimento, manuseio de um processo e ou ferramentas e que tem a possibilidade de acrescentar mudanças aos meios por resultados adicionais à competência natural, proporcionando desta forma, uma evolução na capacidade das atividades humanas, desde os primórdios do tempo, e historicamente relatadas como revoluções tecnológicas. A tecnologia pode ser vista, assim, como artefato, cultura, atividade com determinado objetivo, processo de criação, conhecimento sobre uma técnica e seus processos etc. (Texto do módulo introdutório: Integração de Mídias na Educação disponível em www.webeduca.mec.gov.br)
Com a democratização dos meios de comunicação e informação incorporadas ao nosso dia a dia, a sala de aula perdeu a exclusividade no processo de ensino-aprendizagem, pois hoje é possível aprender, ouvindo rádio, assistindo TV ou acessando a internet, surge ai uma nova problematização ao sistema educacional, como lhe dar com essas novas formas de ensino e incorporá-la de forma a ensinar e conscientizar os alunos de como devem lhe dar com essas informatizações de forma independente e responsável. Segundo Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida:
... Compreender as diferentes formas de representação e comunicação propiciadas pelas tecnologias disponíveis na escola, bem como criar dinâmicas que permitam estabelecer o diálogo entre as formas de linguagem das mídias, são desafios para a educação atual. (ALMEIDA, 2003.)
A marginalização da qualidade da educação, principalmente de educação de jovens e adultos o EJA sofre muito com o abandono social em que vivem. Os professores desqualificados e a falta de políticas publicas adequados e ativas nessa modalidade de educação, um trabalho e esforço realmente político e pedagógico atuante seria num mínimo respeitoso com os trabalhadores que vivem a margem da exclusão se não mergulhados nela, vivem na duvida entre dois caminhos: trabalho ou estudos, família e quando conseguem conciliar, chegam em escola que não respeitam sua cultura, seu trabalho num mecanismo e monotonia de aulas descontextualizadas ao seu ser como cidadão histórico e político, sujeito passivo da historia e muito pouco humanizado, por isso Paulo Freire como grande estudioso, educador e filosofo fala a respeito de uma educação que ainda se encontrar longe de nossas realidades principalmente do EJA, uma educação que libertar e conscientiza o homem para transformar sua realidade. A tecnologia aplicada como forma de aprendizagem nas escolas infelizmente não saiu do papel, de um discurso, essas tecnologias e inovações de informação, que eram para ser mais uma forma de enriquecer o processo de ensino a aprendizagem, se transformou num uso banal mínimo explorado.
Tecnologia Educacional no ensino do EJA
A EJA – Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino amparada por lei para dar a oportunidade aos socialmente excluídos por esse ou outro motivo ao ensino regular, pessoas que estão fora da faixa etária permitida pela modalidade regular.
Pesquisa sobre a utilização de tecnologia nessa modalidade são muito escassas, a metodologia de introdução dos TIC’s a esse contexto se dá primordialmente na educação a distância EaD de jovens e adultos que acaba sendo favorável aos alunos que trabalham e essa modalidade de ensino que também é amparada por lei, sem contar que essas tecnologias não deixam de ser um atrativo aos estudantes, podemos observar essas confirmações no relatório que será apresentado a seguir na íntegra:
Relatório do GE 11: EJA e Novas Tecnologias
O texto que subsidiou as discussões e análises foi “Educação Básica de Jovens e Adultos, mediada e não mediada pelas Tecnologias de Informação e comunicação – TICs multimídia em comunidade de aprendizagem em rede”, de Maria Luíza Pereira Angelim, disponível no Portal dos Fóruns de EJA do Brasil.
A discussão foi mediada pelos professores Karla Cezarino (UFES) e Marcelo Schimidt (CEFETES).
Inicialmente, foram levantadas as concepções dos participantes sobre o conceito de tecnologia. O grupo definiu tecnologia como o conjunto de conhecimentos científicos aplicados, que estão presentes em tudo o que utilizamos cotidianamente. A tecnologia, portanto, sempre existiu e vem evoluindo na medida em que se expande o conhecimento socialmente produzido e historicamente acumulado No entendimento do grupo, os diversos instrumentos e ferramentas atualmente disponíveis, quando, utilizadas para fins pedagógicos, visando a mediar o processo de ensino e aprendizagem, passam a ser considerados tecnologias educacionais.
Constata-se que poucos professores fazem uso habitual das TICs
em sala de aula.
Um número crescente de professores já dispõe de computadores com acesso à internet nas escolas. No entanto, o número daqueles que ainda não têm acesso a este tipo de recurso ainda é muito grande.
Mesmo no CEFETES, considerada uma escola de excelência, onde o número de computadores disponíveis é bem satisfatório, questiona-se o uso dessas ferramentas como tecnologia educacional, considerando-se que a maioria dos alunos dos cursos técnicos recorre a esses computadores para utilização de softwares específicos, ligados à formação profissional.
Nas escolas que já dispõem de laboratório de informática, os professores apontam para a necessidade de uma utilização mais ampla e bem orientada desses recursos, que acabam sendo usados apenas para comunicação via e-mail ou sites de relacionamento, consulta à internet e
digitação de trabalhos escolares.
A afirmação anterior pode ser comprovada em uma entrevista que fizemos em umas das Escolas Estaduais de renome aqui do estado de Roraima a Escola Estadual Monteiro Lobato que segue logo após esse relatório. (Fala nossa)
As realidades dos diferentes contextos educacionais é muito diferenciada. Alguns municípios já dispõem de profissionais da área de informática que assessoram os professores no planejamento de atividades.
Em outros casos, os professores sentem-se inseguros, especialmente ao constatar que, muitas vezes, os alunos têm maior domínio do uso da máquina que o próprio professor. Além disso, algumas escolas passaram a utilizar sistemas operacionais e softwares livres, com os quais a maioria dos professores não está familiarizada. O uso de softwares livres passou a ser estimulado para redução de custos e até mesmo para inibir o uso de programas “pirateados”, o que envolve também questões éticas. Isso requer dos gestores das redes de ensino investimento em formação para dar suporte técnico e pedagógico na utilização das TICs.
A questão do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação está diretamente relacionada com o ensino a distância. O decreto 5.622/05 caracteriza a educação a distância como “modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino aprendizagem ocorre com a utilização de TICs.
• Diante do exposto, o grupo propõe os seguintes encaminhamentos gerais:
• Estabelecer uma política de gestão que priorize o direito ao acesso a recursos tecnológicos em todas as escolas, bem como a formação contínua dos professores para o uso pedagógico desses recursos. • Estabelecer um intercâmbio entre os professores das diferentes redes de ensino, estimulando a troca de experiências em relação ao uso das Tecnologias Educacionais. Para tanto, seriam necessários encaminhamentos políticos no sentido de fazer dialogar gestores e professores, em busca de soluções viáveis, aplicáveis aos diversos contextos escolares, o que inclui a capacitação de professores e o envolvimento de profissionais da área de informática na assessoria aos projetos pedagógicos.
● Encaminhamentos específicos:
“...Ensino Fundamental, a partir de 18 anos, em comunidade de aprendizagem em rede, com duração mínima de 2 (dois) anos no 1º segmento e de 2 (dois) no 2º segmento (total de 4 anos)... Ensino Médio, a partir de 21 anos, em comunidade de aprendizagem em rede, com duração de 2 (dois) anos...”
• Propor uma ampla discussão no fórum de EJA sobre a idade mínima exigida para ingresso na EJA, na modalidade à distância. A proposta trazida pelo texto estabelece os 18 anos como idade mínima. O grupo entende que esta questão precisa ser mais bem debatida, considerando-se as especificidades da EJA e do ensino a distância. Levantou-se argumentos em favor da manutenção desta idade mínima, considerando-se a necessidade de uma certa maturidade, autonomia e disciplina por parte do aluno, na auto gestão do processo de aprendizagem. Por outro lado, é preciso ressaltar que a flexibilização dos tempos e espaços escolares propiciada pelo ensino a distância beneficiaria muito os alunos trabalhadores, independentemente da idade. O uso das tecnologias acaba sendo um atrativo a mais para os jovens.
• Discutir a duração do Ensino Fundamental e Médio no ensino a distância, a exemplo do que já vem ocorrendo nas discussões em torno da implantação da modalidade de EJA, em contraposição aos cursos supletivos e às diversas experiências de aceleração de estudos. • Entende-se que é necessário definir a carga horária mínima e não apenas a indicação dos anos de duração de cada segmento.
• “Interatividade pedagógica – como condição necessária garantida na relação de 1 (um) professor(a) licenciado(a) na disciplina com jornada de 20h para duas turmas de 30 estudantes cada (60 estudantes) ou jornada de 40h para quatro turmas de 30 estudantes cada (120 estudantes), portanto, não se propõe nem o chamado tutor(a), nem o orientador(a) de aprendizagem. Aos estudantes serão fornecidos livros (e não módulos/”apostilas”) e oportunidades de consulta no Pólo de apoio pedagógico”.
• Esclarecer a questão do fornecimento do material didático, priorizando o uso de livros adequados à modalidade da EJA, o que não exclui o uso de outros recursos pedagógicos. Os professores deverão ter participação ativa na seleção do material didático, a partir do planejamento de ensino.
• Ao especificar as condições de interatividade pedagógica, o grupo propõe a inclusão de uma carga horária destinada especificamente ao planejamento.
Entrevista na Escola Estadual Monteiro Lobato
Chegamos na escola na quinta feira 19 de maio de 2010 por volta das 20:30 horas, procuramos a orientadora pedagogica da escola que nos recebeu depois de alguns minutos pois estava fazendo atendimento, nos apresentamos, ela nos encaminhou a professora responsável pela sala de informática fizemos algumas perguntas e ela nos explicou que a sala de informática só é usada através de projetos e existem dois laboratórios com aproximadamente 35 computadores a internet e em banda larga e jasake, o os professores, funcionários e comunidade tem oferta de curso de aperfeiçoamento com conhecimento específico no intuito de capacitação para saber lhe dar com os materiais tecnológicos com cursos a distância, a escola também possui retroprojetor, data show’s, vídeos que podem ser utilizados por alunos e professores desde que devidamente agendado.
Com essa entrevista podemos observar a comprovação da afirmação em negrito do relatório que se encontra no final da página quatro deste trabalho.
Nas escolas que já dispõem de laboratório de informática, os professores apontam para a necessidade de uma utilização mais ampla e bem orientada desses recursos, que acabam sendo usados apenas para comunicação via e-mail ou sites de relacionamento, consulta à internet e
digitação de trabalhos escolares.
Lista de escola que oferecem a Educação de Jovens e Adultos na Capital Boa Vista do estado de Roraima:
Escola Estadual Elza Breves
Escola Estadual Vanda da Silva Pinto
Escola Estadual Maria Sônia de Brito
Escola Estadual Severeno Cavalcante
Escola Estadual Luiz Ritlee B. Lucena
Escola Estadual Vanda Davi de Aguiar
Escola Estadual Raimunda Nonata
Escola Estadual Carlos Drumond de Andrade
Escola Estadual Audio Comunicação
Escola Estadual Hidelbrando F. Bitencourt
Escola Estadual Carlos Casadio
Escola Estadual Maria das Neves Rezende
Escola Estadual Jaceguai Reis Cunha
Escola Estadual Voltaire Pinto Ribeiro
Escola Estadual Luiz Robeiro de Lima
Escola Estadual Lobo D’almada
Escola Estadual Monteiro Lobato
Escola Estadual Antonio Feireira
Escola Estadual Maria Caranã
Escola Estadual Maria Nilce Brandão
Escola Estadual Maria das Dores Brasil
Escola Estadual America Sarnento
Escola Estadual Ulysses Guimarães
Escola Estadual Coema Souto Maio
Conclusão
Com o resultado do relatório, da entrevista na Escola Estadual Monteiro Lobato, das notícias que diariamente saem em todos os meios de comunicação e também de experiência própria, chegamos a conclusão que os laboratórios de informáticas estão sendo construídos e que as escolas estão se equipando e se modernizando cada dia mais com salas de multimídias, internet e outros aparatos tecnológicos e de comunicação que beneficiam toda comunidade estudantil de certo lugar e de certo modo, mas podemos perceber claramente a falta de preparo de como lhe dá com esses novos meios de forma sadia na vida do estudante fazendo que sua aprendizagem se torne significativa em termos pedagógicos, didáticos ou até mesmo metodológicos. Esses aparatos tecnológicos são usados de forma “fútil” se assim podemos dizer na situação que podemos chamar de processo de ensino e aprendizagem, ainda estamos longe de chegamos ao aprofundamento desses meios como forma de atrair nossos alunos, mas alguns cursos já podem ser vistos no horizonte na forma de aperfeiçoamento dos profissionais da educação no processo de torna essas tecnologias mais significativas, rompendo a barreira de simplesmente digitar trabalhos, usar e trocar e-mails e etc.
Referências
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Pedagogia de projetos e integração de mídia. Disponível em: http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2003/ppm/tetxt5.htm. Acesso em: 22 maio 2010.
RELATÓRIA DO GE 11: EJA E NOVAS TECNOLOGIAS. Disponível em: http://www.forumeja.org.br/es/?q=node/38 . Acesso em: 22 maio 2010.
BELLONI, M. L. (2001) O que é mídia-educação / Maria Luiza Belloni - Campinas, SP: Autores Associados (Coleção polêmicas do nosso tempo; 78)
Introdução
O avanço tecnológico e globalização vêm se acirrando com grande velocidade histórica. A educação e o processo de aprendizagem precisam se adequar a esses novos surgimentos tecnológicos com ajuda dos meios eletrônicos de comunicação e informação os TIC’s de um sistema de ensino capaz de conectar seus alunos como indivíduo e sociedade ao meio em que vive, exigindo cada dia mais do ser humano.
Quando pensamos em tecnologia logo nos vem à cabeça, computadores, internet, celulares etc, mas tecnologia vai bem mais além do que de uma forma preconceituosa que pensamos ou acreditamos que seja, elas sempre estiveram incorporadas ao nosso meio comum em diferentes momentos, podemos citar os talheres na idade média onde as pessoas daquela época comiam com a mão, quando os talheres foram criados era uma novidade, algo novo que nunca havia sido utilizado antes daí o significado dessa palavra:
É um termo usado para atividades de domínio humano, embasada no conhecimento, manuseio de um processo e ou ferramentas e que tem a possibilidade de acrescentar mudanças aos meios por resultados adicionais à competência natural, proporcionando desta forma, uma evolução na capacidade das atividades humanas, desde os primórdios do tempo, e historicamente relatadas como revoluções tecnológicas. A tecnologia pode ser vista, assim, como artefato, cultura, atividade com determinado objetivo, processo de criação, conhecimento sobre uma técnica e seus processos etc. (Texto do módulo introdutório: Integração de Mídias na Educação disponível em www.webeduca.mec.gov.br)
Com a democratização dos meios de comunicação e informação incorporadas ao nosso dia a dia, a sala de aula perdeu a exclusividade no processo de ensino-aprendizagem, pois hoje é possível aprender, ouvindo rádio, assistindo TV ou acessando a internet, surge ai uma nova problematização ao sistema educacional, como lhe dar com essas novas formas de ensino e incorporá-la de forma a ensinar e conscientizar os alunos de como devem lhe dar com essas informatizações de forma independente e responsável. Segundo Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida:
... Compreender as diferentes formas de representação e comunicação propiciadas pelas tecnologias disponíveis na escola, bem como criar dinâmicas que permitam estabelecer o diálogo entre as formas de linguagem das mídias, são desafios para a educação atual. (ALMEIDA, 2003.)
A marginalização da qualidade da educação, principalmente de educação de jovens e adultos o EJA sofre muito com o abandono social em que vivem. Os professores desqualificados e a falta de políticas publicas adequados e ativas nessa modalidade de educação, um trabalho e esforço realmente político e pedagógico atuante seria num mínimo respeitoso com os trabalhadores que vivem a margem da exclusão se não mergulhados nela, vivem na duvida entre dois caminhos: trabalho ou estudos, família e quando conseguem conciliar, chegam em escola que não respeitam sua cultura, seu trabalho num mecanismo e monotonia de aulas descontextualizadas ao seu ser como cidadão histórico e político, sujeito passivo da historia e muito pouco humanizado, por isso Paulo Freire como grande estudioso, educador e filosofo fala a respeito de uma educação que ainda se encontrar longe de nossas realidades principalmente do EJA, uma educação que libertar e conscientiza o homem para transformar sua realidade. A tecnologia aplicada como forma de aprendizagem nas escolas infelizmente não saiu do papel, de um discurso, essas tecnologias e inovações de informação, que eram para ser mais uma forma de enriquecer o processo de ensino a aprendizagem, se transformou num uso banal mínimo explorado.
Tecnologia Educacional no ensino do EJA
A EJA – Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino amparada por lei para dar a oportunidade aos socialmente excluídos por esse ou outro motivo ao ensino regular, pessoas que estão fora da faixa etária permitida pela modalidade regular.
Pesquisa sobre a utilização de tecnologia nessa modalidade são muito escassas, a metodologia de introdução dos TIC’s a esse contexto se dá primordialmente na educação a distância EaD de jovens e adultos que acaba sendo favorável aos alunos que trabalham e essa modalidade de ensino que também é amparada por lei, sem contar que essas tecnologias não deixam de ser um atrativo aos estudantes, podemos observar essas confirmações no relatório que será apresentado a seguir na íntegra:
Relatório do GE 11: EJA e Novas Tecnologias
O texto que subsidiou as discussões e análises foi “Educação Básica de Jovens e Adultos, mediada e não mediada pelas Tecnologias de Informação e comunicação – TICs multimídia em comunidade de aprendizagem em rede”, de Maria Luíza Pereira Angelim, disponível no Portal dos Fóruns de EJA do Brasil.
A discussão foi mediada pelos professores Karla Cezarino (UFES) e Marcelo Schimidt (CEFETES).
Inicialmente, foram levantadas as concepções dos participantes sobre o conceito de tecnologia. O grupo definiu tecnologia como o conjunto de conhecimentos científicos aplicados, que estão presentes em tudo o que utilizamos cotidianamente. A tecnologia, portanto, sempre existiu e vem evoluindo na medida em que se expande o conhecimento socialmente produzido e historicamente acumulado No entendimento do grupo, os diversos instrumentos e ferramentas atualmente disponíveis, quando, utilizadas para fins pedagógicos, visando a mediar o processo de ensino e aprendizagem, passam a ser considerados tecnologias educacionais.
Constata-se que poucos professores fazem uso habitual das TICs
em sala de aula.
Um número crescente de professores já dispõe de computadores com acesso à internet nas escolas. No entanto, o número daqueles que ainda não têm acesso a este tipo de recurso ainda é muito grande.
Mesmo no CEFETES, considerada uma escola de excelência, onde o número de computadores disponíveis é bem satisfatório, questiona-se o uso dessas ferramentas como tecnologia educacional, considerando-se que a maioria dos alunos dos cursos técnicos recorre a esses computadores para utilização de softwares específicos, ligados à formação profissional.
Nas escolas que já dispõem de laboratório de informática, os professores apontam para a necessidade de uma utilização mais ampla e bem orientada desses recursos, que acabam sendo usados apenas para comunicação via e-mail ou sites de relacionamento, consulta à internet e
digitação de trabalhos escolares.
A afirmação anterior pode ser comprovada em uma entrevista que fizemos em umas das Escolas Estaduais de renome aqui do estado de Roraima a Escola Estadual Monteiro Lobato que segue logo após esse relatório. (Fala nossa)
As realidades dos diferentes contextos educacionais é muito diferenciada. Alguns municípios já dispõem de profissionais da área de informática que assessoram os professores no planejamento de atividades.
Em outros casos, os professores sentem-se inseguros, especialmente ao constatar que, muitas vezes, os alunos têm maior domínio do uso da máquina que o próprio professor. Além disso, algumas escolas passaram a utilizar sistemas operacionais e softwares livres, com os quais a maioria dos professores não está familiarizada. O uso de softwares livres passou a ser estimulado para redução de custos e até mesmo para inibir o uso de programas “pirateados”, o que envolve também questões éticas. Isso requer dos gestores das redes de ensino investimento em formação para dar suporte técnico e pedagógico na utilização das TICs.
A questão do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação está diretamente relacionada com o ensino a distância. O decreto 5.622/05 caracteriza a educação a distância como “modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino aprendizagem ocorre com a utilização de TICs.
• Diante do exposto, o grupo propõe os seguintes encaminhamentos gerais:
• Estabelecer uma política de gestão que priorize o direito ao acesso a recursos tecnológicos em todas as escolas, bem como a formação contínua dos professores para o uso pedagógico desses recursos. • Estabelecer um intercâmbio entre os professores das diferentes redes de ensino, estimulando a troca de experiências em relação ao uso das Tecnologias Educacionais. Para tanto, seriam necessários encaminhamentos políticos no sentido de fazer dialogar gestores e professores, em busca de soluções viáveis, aplicáveis aos diversos contextos escolares, o que inclui a capacitação de professores e o envolvimento de profissionais da área de informática na assessoria aos projetos pedagógicos.
● Encaminhamentos específicos:
“...Ensino Fundamental, a partir de 18 anos, em comunidade de aprendizagem em rede, com duração mínima de 2 (dois) anos no 1º segmento e de 2 (dois) no 2º segmento (total de 4 anos)... Ensino Médio, a partir de 21 anos, em comunidade de aprendizagem em rede, com duração de 2 (dois) anos...”
• Propor uma ampla discussão no fórum de EJA sobre a idade mínima exigida para ingresso na EJA, na modalidade à distância. A proposta trazida pelo texto estabelece os 18 anos como idade mínima. O grupo entende que esta questão precisa ser mais bem debatida, considerando-se as especificidades da EJA e do ensino a distância. Levantou-se argumentos em favor da manutenção desta idade mínima, considerando-se a necessidade de uma certa maturidade, autonomia e disciplina por parte do aluno, na auto gestão do processo de aprendizagem. Por outro lado, é preciso ressaltar que a flexibilização dos tempos e espaços escolares propiciada pelo ensino a distância beneficiaria muito os alunos trabalhadores, independentemente da idade. O uso das tecnologias acaba sendo um atrativo a mais para os jovens.
• Discutir a duração do Ensino Fundamental e Médio no ensino a distância, a exemplo do que já vem ocorrendo nas discussões em torno da implantação da modalidade de EJA, em contraposição aos cursos supletivos e às diversas experiências de aceleração de estudos. • Entende-se que é necessário definir a carga horária mínima e não apenas a indicação dos anos de duração de cada segmento.
• “Interatividade pedagógica – como condição necessária garantida na relação de 1 (um) professor(a) licenciado(a) na disciplina com jornada de 20h para duas turmas de 30 estudantes cada (60 estudantes) ou jornada de 40h para quatro turmas de 30 estudantes cada (120 estudantes), portanto, não se propõe nem o chamado tutor(a), nem o orientador(a) de aprendizagem. Aos estudantes serão fornecidos livros (e não módulos/”apostilas”) e oportunidades de consulta no Pólo de apoio pedagógico”.
• Esclarecer a questão do fornecimento do material didático, priorizando o uso de livros adequados à modalidade da EJA, o que não exclui o uso de outros recursos pedagógicos. Os professores deverão ter participação ativa na seleção do material didático, a partir do planejamento de ensino.
• Ao especificar as condições de interatividade pedagógica, o grupo propõe a inclusão de uma carga horária destinada especificamente ao planejamento.
Entrevista na Escola Estadual Monteiro Lobato
Chegamos na escola na quinta feira 19 de maio de 2010 por volta das 20:30 horas, procuramos a orientadora pedagogica da escola que nos recebeu depois de alguns minutos pois estava fazendo atendimento, nos apresentamos, ela nos encaminhou a professora responsável pela sala de informática fizemos algumas perguntas e ela nos explicou que a sala de informática só é usada através de projetos e existem dois laboratórios com aproximadamente 35 computadores a internet e em banda larga e jasake, o os professores, funcionários e comunidade tem oferta de curso de aperfeiçoamento com conhecimento específico no intuito de capacitação para saber lhe dar com os materiais tecnológicos com cursos a distância, a escola também possui retroprojetor, data show’s, vídeos que podem ser utilizados por alunos e professores desde que devidamente agendado.
Com essa entrevista podemos observar a comprovação da afirmação em negrito do relatório que se encontra no final da página quatro deste trabalho.
Nas escolas que já dispõem de laboratório de informática, os professores apontam para a necessidade de uma utilização mais ampla e bem orientada desses recursos, que acabam sendo usados apenas para comunicação via e-mail ou sites de relacionamento, consulta à internet e
digitação de trabalhos escolares.
Lista de escola que oferecem a Educação de Jovens e Adultos na Capital Boa Vista do estado de Roraima:
Escola Estadual Elza Breves
Escola Estadual Vanda da Silva Pinto
Escola Estadual Maria Sônia de Brito
Escola Estadual Severeno Cavalcante
Escola Estadual Luiz Ritlee B. Lucena
Escola Estadual Vanda Davi de Aguiar
Escola Estadual Raimunda Nonata
Escola Estadual Carlos Drumond de Andrade
Escola Estadual Audio Comunicação
Escola Estadual Hidelbrando F. Bitencourt
Escola Estadual Carlos Casadio
Escola Estadual Maria das Neves Rezende
Escola Estadual Jaceguai Reis Cunha
Escola Estadual Voltaire Pinto Ribeiro
Escola Estadual Luiz Robeiro de Lima
Escola Estadual Lobo D’almada
Escola Estadual Monteiro Lobato
Escola Estadual Antonio Feireira
Escola Estadual Maria Caranã
Escola Estadual Maria Nilce Brandão
Escola Estadual Maria das Dores Brasil
Escola Estadual America Sarnento
Escola Estadual Ulysses Guimarães
Escola Estadual Coema Souto Maio
Conclusão
Com o resultado do relatório, da entrevista na Escola Estadual Monteiro Lobato, das notícias que diariamente saem em todos os meios de comunicação e também de experiência própria, chegamos a conclusão que os laboratórios de informáticas estão sendo construídos e que as escolas estão se equipando e se modernizando cada dia mais com salas de multimídias, internet e outros aparatos tecnológicos e de comunicação que beneficiam toda comunidade estudantil de certo lugar e de certo modo, mas podemos perceber claramente a falta de preparo de como lhe dá com esses novos meios de forma sadia na vida do estudante fazendo que sua aprendizagem se torne significativa em termos pedagógicos, didáticos ou até mesmo metodológicos. Esses aparatos tecnológicos são usados de forma “fútil” se assim podemos dizer na situação que podemos chamar de processo de ensino e aprendizagem, ainda estamos longe de chegamos ao aprofundamento desses meios como forma de atrair nossos alunos, mas alguns cursos já podem ser vistos no horizonte na forma de aperfeiçoamento dos profissionais da educação no processo de torna essas tecnologias mais significativas, rompendo a barreira de simplesmente digitar trabalhos, usar e trocar e-mails e etc.
Referências
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Pedagogia de projetos e integração de mídia. Disponível em: http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2003/ppm/tetxt5.htm. Acesso em: 22 maio 2010.
RELATÓRIA DO GE 11: EJA E NOVAS TECNOLOGIAS. Disponível em: http://www.forumeja.org.br/es/?q=node/38 . Acesso em: 22 maio 2010.
BELLONI, M. L. (2001) O que é mídia-educação / Maria Luiza Belloni - Campinas, SP: Autores Associados (Coleção polêmicas do nosso tempo; 78)